sábado, 27 de março de 2010

não encaro sexo como algo místico ou romântico... é uma simples forma de comunicação. talvez uma forma de comunicação tão arcaica quanto o sorriso ou o choro. é comunicar-se com ou outro sem esperar uma resposta exata, é jogar com as palavras do corpo. é um repente natural. não é divino, não é sagrado. é uma forma de conexão, que nos liga ao primitivo, nos tira o fluxo convencional da respiração e nos une de forma irracional, confundindo todos os nossos sentidos. talvez isso o torne especial, nos confundir os sentindos. embaralhar as nossas ligações com o mundo, distorcendo as evidências de que somos reais... pelo menos por um instante. isso é o especial da vida, ligar-se a natureza de uma forma que possamos senti-lá sem saber que sentimos... nos conectarmos a algo maior com o único objetivo de co-existir. caminho semelhante ao de um monge budista.... o sexo nos liga a outro e podemos ver sem os olhos, escutar sem os ouvidos, falar sem a boca, cheirar sem o nariz e sentir sem a pele. e assim nos ligar a outro, e um pouco mais a nós mesmos.

-chama primitiva-

terça-feira, 16 de março de 2010

meu peito parece um campo...
de solo arado e árido
não brotará nem joio, nem trigo.
e todas as boas pessoas que semearam tal campo...
viram suas sementes secar e virar pó.
tudo ficou em um momento no passado... sempre estará la.
mas o futuro, sempre me trai, brinca com minhas expectativas
e me chaqualha tentando dizer: ''aproveita seu agora, isso é somente o você terá''
e eu não lhe dou ouvidos.
contino a pensar no futuro... penso nele com carinho.
faço meu papel de persona no grata.
mas a mágia da natureza talvez faça seu papel
faça algo brotar por baixo do concreto
ou talvez numa parede de um arranha ceu
mas isso ainda será só o futuro.


do or die